Fazia tempo que não postava aqui no blog. Sabe o tempo as vezes, ou melhor a falta dele, vem como uma tábua grande que cai sobre o ser e o derruba ao chão, e as pessoas passam por ali pisando na tábua e na pessoa e não percebem. Essa semana ao pensar cá com meus botões vi que por muito tempo tenho vivido uma vida que não é a que quero pra mim. Tenho vivido de uma maneira que se enquadra melhor naquilo que a sociedade prega ser o certo, e sabe, não gostei da pessoa que tenho me tornado. Essa busca por sucesso, por estudar pra melhorar as condições de vida, me afastaram um pouco de uma parte de mim. Aquela parte que curtia sair com os amigos para simplesmente sentar em um boteco pra tomar uma coca-cola. Aquela parte que saia pra caminhar só pelo simples fato de querer caminhar um pouco e respirar ar puro. Aquela parte que gostava demais de ir pra roça, sentir os pés no chão, ouvir os pássaros cantar, tocar um violão debaixo de uma árvore, cantando aquelas músicas mais bregas possíveis, mas só pela curtição. Aquela parte que gostava de falar abobrinha e acreditem, fazer campeonato de arrotos em plena praça depois da faculdade! (Essa parte é meio nojenta, mas fazer o quê?) Aquela parte que sorria com mais facilidade, e que apesar de ser a parte que cuida das brincadeiras, das farras, também se preocupava com coisas sérias e principalmente queria estudar para melhorar de vida, pra ter um pouco mais de tempo pra sorrir. Sabe, to precisando voltar a ser um pouco mais eu. Quem sabe assim não me sinta tão só como tenho sentido nesses últimos tempos. Mas assim é a vida, nós evoluirmos, o tempo passa, as coisas e pessoas mudam. Uns amigos as vezes nos deixam de lado. Outros aparecem não pra tomar o lugar destes, mas para acrescentar ainda ao rol de pessoas queridas. Mas o importante é ser quem se é. Fugir daquilo que somos é insano pra não dizer imbecil. Mas sei lá, acho que falei de mais. Ou não. Não sei. O importante é viver.
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