O ano de 2012 começou, 2011 se foi e com ele muita coisa boa, mas infelizmente muitas coisas ruins! O cenário político nacional foi ridículo, corrupção, uma dita "faxina ética" que tirou do comando de ministérios pessoas que foram colocadas, ou mantidas do governo passado pela querida Presidente da República. Vimos balbúrdias de todos os tipos nesse cenário, e para infelicidade maior esse tipo de coisa foi vista ou pelo menos "supostamente", também aqui em João Pinheiro. Não devemos achar que estamos sozinhos nessa, que só aqui tem ocorrido corrupção descarada e deslavada, como dito acima pra tudo quanto é canto governantes aprontaram das suas com o dinheiro público. No rol das coisas boas vimos bastante coisas, principalmente no cenário esportivo e diga-se de passagem não estou falando do futebol, pois a Seleção Brasileira foi um fiasco fica mais no nível do cenário político (rsrs), mas sim nos esportes olímpicos, onde vimos brasileiros brilharem no Pan-Americano, galgando inclusive o terceiro lugar geral no quadro de medalhas. Daí podemos retirar duas grandes lições, a primeira, no Brasil passou de hora de darmos mais valor aos outros esportes além do futebol, mas principalmente devemos dar muito, mas muito mais valor aos atletas para-olímpicos, que ficaram em primeiro lugar geral no Parapan-Americano, é o recado para todos nós. O problema é que voltamos novamente ao cenário político, que poderia e deveria valorizar mais esses atletas, mas ser corrupto é mais fácil.
O problema maior, acredito, não é a corrupção! Porque infelizmente ela existe a tempos e se observamos bem o "ser corrupto" faz parte das falhas do ser humano, pois, se observarmos bem, até mesmo uma mentira aos pais, a traição em um relacionamento e coisas do gênero podem ser consideradas corrupção, mas a corrupção que estamos falando, a má fé na gestão dos bens públicos, do dinheiro do povo, trata-se de falhas de caráter em seu maior grau, é a grande mácula no ceio de uma nação, que é de tempos em tempos, permitida e/ou endossada pelo povo no momento do voto.
Então poderíamos dizer que esse é o maior problema, o voto? Acredito que ainda não, especialmente porque ainda temos o conhecido voto de cabresto. O cabresto mudou, é verdade, pois se analisarmos bem, certas vantagens pecuniárias, ou melhor dizendo, e na minha opinião pessoal, certas esmolas, que conhecemo-nas com o nome de bolsa isso, bolsa aquilo, que, tem a finalidade de complementar a renda daqueles que ganham menos, e que, em tese, é necessária, mas que é utilizada por eles, os políticos como moeda de troca, pois não me esqueço de ouvir nas eleições gerais passadas a frase: "Se Fulano ganhar, vão cortar o bolsa escola, bolsa família e etc...". Portanto, é a comprovação de que esses assistencialismos não passam de um cabresto no pescoço dos mais pobres, que com medo de perder o complemento, nunca votariam contra quem oferta, mas que cobra de forma infeliz do pobre que continue votando "neles" pra não perder o assistencialismo. Não sou contra o assistencialismo, ele deve sim existir, mas não deveria ter esse caráter, e voltamos a má fé dos governantes.
Então qual seria a solução para esse circulo viciosos? Qual é o verdadeiro problema que desencadeia todos esses outros! Acredito que a solução está na educação. Acredito verdadeiramente que quando uma pessoa recebe educação de qualidade e cultura consequentemente ela se tornara um ser com consciência crítica, que terá melhor condições de julgar uma determinada situação com criticidade e principalmente tomar decisões mais éticas e que, consequentemente, se pautem pelo bem estar do "todo", da sociedade, pois se vivemos em sociedade, de forma organizada, se tomamos decisões pensando no bem estar dessa mesma sociedade, automaticamente estamos tomando decisões benéficas para nós mesmos.
Portanto, nosso maior problema está relacionada a falta de cultura e de educação do nosso povo em geral. Essa falha em nossa educação, na formação de seres humanos pensantes, críticos e ativos, verdadeiros cidadãos, acaba acarretando uma sociedade que, na sua grande maioria, é facilmente manipulada, que se deixa levar facilmente, que caem com facilidade na armadilha do "Pão e Circo" e que se deixa distrair por diversão e alimento, e assim como na Roma antiga, deixam de se preocupar com o bem estar maior da sociedade e com o bem público em geral. E digo isso por já ter ouvido por várias vezes a frase: "Eu tenho diversão, cervejinha e comida suficiente na mesa, pra que vou preocupar com o resto?", esquecendo-se que se cobrássemos mais, se nos preocupássemos mais com o bem estar da sociedade em geral, e utilizássemos corretamente nosso direito de voto, e principalmente buscássemos mais cultura não estaríamos tão suscetíveis às enganações desses que fingem ser representantes do povo, mas que na realidade representam apenas os próprios interesses, aí veríamos se fortificar a ética, e consequentemente, teríamos governantes menos sucintos a se deixar levar pela tentação das falcatruas lucrativas. Teríamos uma sociedade onde o que é "público" seria respeitado, o dinheiro público, o dinheiro do povo, seria utilizado efetivamente em favor do povo e não estaria sendo utilizado por um grupo pequeno de pessoas, que estão no comando da república, ministérios, estados e municípios, e consequentemente teríamos uma vida melhor para todos nós com mais conforto e prosperidade para o múnicipio, estado e nação.
Mas fica a ultima indagação: "Mas se o problema é na educação, então voltamos a falta de caráter dos políticos não é?" Digo não, porque até onde sei, a formação de educação e cultura começa bem mais cedo, não no ceio das instituições organizadas da sociedade, mas sim no ceio da instituição social mais prejudicada, ou seja, na FAMÍLIA. Já o sábio: "A mudança tem que começar, nem que seja na mais pequena célula da sociedade, pois quando educamos nossos filhos para que se tornem honrados e que tenham visão crítica, fazemos nossa parte para mudar a situação do mundo. É como jogar uma pequena pedra no lago, a onda começa pequenina, mas vai aos poucos se aumentando, até que fica enorme e passa por todo o lago".
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