Só sei
Perguntam-me, quem?
E penso, respondo muito além
Não sei, pobre de mim!
Mas insistem, quem?
Repito, vou além
Pois não sei bem quem
Mas além pode ter certeza que tem
Alguém, que me faz bem
Ou nem,
Sempre, mas tem
E como bem, faz ter alguém
Quando se tem, nada fica aquém
Mas vamos, quem?
Pois bem
Me sinto zen
O que não te convém
Mas te digo que vi
Sim vi, vivi, sorri
Só ainda não morri
Ainda bem, que a morte
Ainda não me convém
Claro, mesmo se vi
Vivi e sorri
Fui pra bem longe
Onde fui também homem
As vezes simples
Sempre poeta,
Nada ligeiro,
Mas sempre com pressa
De querer, viver, nunca morrer
Sempre além,
Vixe, bem aquém
Mas meu bem,
Ainda não sei quem
Só sei, o que é mesmo que dizem
Aqueles que falam, nada sei?
Mas só sabendo, mesmo correndo
Fui me envolvendo
E mesmo, bandido
Mas também mocinho
Comendo um docinho,
Roendo um ossinho
E o brigadeiro
Espera, o banheiro
Claro preciso do chuveiro
De um banho
Sal grosso, é o lance do olho
Que nem com tijolo
atirado com gosto
atirado com gosto
Deixaram de por-lo
Mas a história do mocinho?
Mesmo que bandido, mocinho
Ou sargento, continuo correndo
Vivendo, só não ainda morrendo
Aliás se bem disseram, morrendo
Desde o principio
Quando nascido
Mas não sei,
Aquilo, do nada sei
Pois se é só isso que sei,
Aquele troço do nada sei,
É porque não acabei
Pelo menos não a resposta
Da pergunta indecorosa
Quem?
Mesmo que bandido, mocinho
Ou sargento, continuo correndo
Vivendo, só não ainda morrendo
Aliás se bem disseram, morrendo
Desde o principio
Quando nascido
Mas não sei,
Aquilo, do nada sei
Pois se é só isso que sei,
Aquele troço do nada sei,
É porque não acabei
Pelo menos não a resposta
Da pergunta indecorosa
Quem?
Eduardo Ferreira Dias de Souza
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