Há alguns dias ouvi a seguinte frase de um amigo que não via fazia muito tempo que consistia no seguinte: "É, o mundo realmente dá muitas voltas, que pequeno que ele é". Sabe, à época entendi a frase dita no sentido: "Olha, como esse mundo é pequeno e como agente faz algo errado contra alguém e no futuro acabamos por precisar desse alguém". Pois é, ele me disse isso pois naquele momento necessitava de uma gentileza e ao bater a porta quem a abriu fui eu, momento em que ele fez a bela exclamação, que, diga-se de passagem, ficou em minha mente por dias. Claro a gentileza foi prontamente atendida, visto que se tratava de uma obrigação do trabalho, mas me coloquei a pesar se no caso de a gentileza solicitada não ser minha obrigação, eu a atenderia? Pelo menos não prontamente como o foi, mas o importante aqui não é o fato de ter atendido ou não, mas sim o fato de ter pensado em não atender por causa da sacanagem outrora cometida. Tentei não pensar no assunto de forma destrutiva, especialmente porque acredito que isso faça parte do ser humano, isso porque ninguém é perfeito e muito menos o mundo está cheio de "Zé bonzinho" (aqueles que sempre são bonzinhos demais), sobretudo esse que vos escreve.Mas ainda assim, fiquei pensando e uma miscelânea de pensamentos dos mais variados tipos e origens me vieram a cabeça, inclusive o famoso: "A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena" (puts, fui profundo demais citando o Sr. Madruga), até a passagem bíblica onde Cristo nos exorta a amarmos o inimigo, pois isso sim é difícil. Não tenho tal pessoa como inimigo, apenas ocorreu algo no passado que deixou marcas negativas em mim. Agora, o passado ficou para trás, atendi a referida pessoa da mesma forma que atendo a todos no exercício do meu oficio e isso é o importante nessa situação, mesmo tentado, o profissional falou mais alto.O mais interessante aconteceu depois. Uma conhecida em comum procurou-me uns dois dias após o ocorrido e disse que queria conversar sobre o rapaz. Fiquei surpreso com a noticia trazida por ela, que consistia em me informar que o rapaz ao encontrar com ela estava transtornado, e que não se sentida bem com uma situação que acabara de passar, informando-a que havia se dirigido até o fórum e ao chegar lá para solicitar algo, se deparou com um antigo amigo que muito havia sacaneado no passado, mas que o atendeu sem maiores problemas, fazendo tudo prontamente. Ele ainda completou: "isso foi como um tapa na cara". Quero deixar aqui registrado que em nenhum momento o atendi prontamente pensando em "dar o troco", apenas cumpri com minha obrigação. Não estou aqui querendo ganhar o prêmio "nobel da paz", pois pra falar a verdade, a vontade foi de verdadeiramente foi de não atender o camarada, o que se deu apenas por simples força da obrigação trabalhista, mas que me fez refletir que tenho de cuidar melhor das minhas atitudes, o mundo dá voltas... e o bicho pode pegar...
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