Faz tempo que quero escrever esses versos
versos de tédio
versos desconexos
versos livres
Faz tempo que quero falar da vida
porcaria de vida
odiosa vida
que mentira é amar a vida
Faz tempo que quero falar do ócio
desse consorcio
do divórcio
do ser, viver e agir
Faz tempo que quero falar da mesa
posta mesa
vazia mesa
de quem a muito não se assenta
Faz tempo que quero falar de mim
de pouco estopim
que de tão enganadim
finge ser tolin
mim, aí de mim, aí de quem engana a mim
Faz tempo que quero falar pra você
você que me vê
que me mente
pobre inocente
vais saber, mentes pra que?
Faz tempo que quero parar de falar
calar
parar
cessar
falar ou não falar
no fim embaralhar
só, que dó
Eduardo Ferreira Dias de Souza
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