Hoje acordei meio podre,
me sentindo o pior dos ladrões.
Não roubei nada de importante,
nada de sério,
apenas furtei de mim algo que não descobri o que,
mas que faz falta, mesmo eu sem saber o que.
Sem intenção parece que passei a andar na contramão de algo que me deixava mais pleno, mesmo sem saber o que essa coisa,
parece que é coisa que me fazia sentir mais terreno e profano, ou o contrário, sei não.
Não sinto vazio, não sinto confusão, só me sinto podre sabe,
daquele jeito que ninguém sabe como definir.
Coisa que dá em todo mundo, em Chico e em Francisco.
Coisa que agente sente que nem dor de dente.
Não é remorso, nem mesmo uma profusão de culpa culminada com tristeza.
É apenas uma podridão aqui no peito.
Parece que o prazo de validade venceu,
mas não é isso não.
Inocência? Indecência? Benevolência? Grito? Gemido? Suspiro?
Parece que não vai passar não.
Indecência pode ser, com gemido e ao fim suspiro, esquecendo de inocência
ninguém é inocente!
Chega, é melhor por aqui parar, deixa, não vai passar.
Fui, acho melhor ir trabalhar...
Mauricio Ricardo Souza
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