segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eleições...


Já faz um tempo que estou pensando nesse texto, mas conclui que se eu ficar adiando sua postagem, não vou conseguir terminá-lo. Mas estava observando o atual cenário das eleições gerais em nosso país e me bateu um profundo desespero. Especialmente no que diz respeito aos candidatos à presidência. Vemos um trio despontando como "os principais" e me dá medo ver que dentre eles, uma depende da imagem do nosso atual presidente para vencer, e me pergunto: "os eleitores tão votando na Dilma ou no Lula?". José Serra já faz o contrário, não sei se para evitar aliar sua imagem a de FHC por ter medo da debandada de alguns "trabalhadores", ou se por convicção. Ele até tem feito diferente, apresentando as obras conseguidas por ele durante a vida pública, mas ele não fala a "língua do povo", e assim, a comunicação não ocorre. Não sei também se essa rejeição ocorre pelo fato de no boca a boca, no homem a homem, os partidários do atual governo cravam na mente das pessoas que se mudarmos o partido a comandar o país, as "bolsas esmola" vão ser cortadas. Me pergunto, quem seria louco de cortar esse grande cabresto eleitoral? Esse pão e circo desfaçados? Acredito que ninguém. Quanto a Marina Silva, com seu discurso e propostas vem tentando brigar contra as duas grandes forças, e acredito, tem se saído bem, no quesito propostas convincentes, mas seu discurso também não fala a "língua do povo". Ou será que ela padece do mesmo problema que a campanha de José Serra. Serás que esse "falar a língua do povo" é na verdade a boa utilização dos programas sociais? Pode ser, mas, quanto mais eu penso, mais vejo que no dia da eleição, se brincar, as pessoas vão apertar o 13 e ao invés de aparecer a foto da Dilma, vai aparecer é a foto do nosso querido Luiz Inácio Lula da Silva. Ou até pior, as pessoas mais humildes, ou não, vão apertar o 13 e quando aparecer a foto da Dilma, ficarão revoltados e vão indagar ao presidente da sessão: "Olha eu apertei meu número mais apareceu a foto duma muié e não do Lula moço, quê qui eu faço?" Isso se a pessoa não começar a chorar e a dizer: "e agora meu Deus, minha bolsa escola, família, vale gás, vale celular, bolsa sei lá o que vão pru brejo, apareceu foi uma muíe e não o Lula, e agora?" Não pensem que sou daqueles que detesta o Lula, que acha que o governo dele foi péssimo, não! Só não concordo com a campanha como está sendo conduzida. Sou apenas alguém que não concorda com essa "história" de se eleger alguém porque outra pessoa "pediu", pois é isso que está acontecendo. Isso me lembra das aulas de história onde ao estudarmos a história do Brasil, onde os grandes fazendeiros obrigavam seus empregados a votarem em quem ele queria, existindo casos onde o título era confiscado e só entregue pouco antes da votação com a "colinha" já pronta com o "singelo" pedido: "se não votar em fulano vai perder o emprego e se brincá, vai amanhecer com a boca cheia de formiga". Só que o "pedido" atual é mais "singelo" ainda, mas se pensarmos bem exerce a mesma pressão, quer dizer, influência, digo, exerce a mesma "função". Fico apenas indignado ao ver que o povo brasileiro que cada vez pensa menos, cada vez menos indaga, que se acomoda com as coisas do jeito que está, satisfeitos com o mínimo, diga-se de passagem, satisfeitos com o mínimo de "pão e circo". E se as coisas permanecerem assim, infelizmente veremos a democracia cada vez mais se esvair pelas mãos desse mesmo povo e com tantas noticias sobre censura a liberdade de imprensa, expressão e tudo mais, uma ditadura pode se tornar realidade novamente em nosso país. Uma ditadura com a concordância expressa do povo. Triste!

Nenhum comentário:

Postar um comentário