quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mulher, sexo frágil???


Bem, falar sobre tal afirmação parece um pouco clichê, principalmente porque todos os dias vemos exemplos de que isso não passa de uma inverdade, ou até mesmo podemos classificar a afirmação como sendo uma lenda. Principalmente se tomarmos por base as mulheres de nossas vidas, ou até mesmo aquelas outras que temos noticia no dia a dia. A mulher para começar, na maioria dos casos, possui jornada dupla, uma vez que tem de trabalhar fora para ajudar no sustento da casa e, após o trabalho, tem de "ralar" em casa. Mas, enfim, onde está a ligação entre a força da mulher e a cultura? Tomemos como base a música, principalmente em virtude de que, nesse meio, a presença feminina ser maciça e intrigante. Citarei poucos exemplos, pois se for falar de boa parte dessas mulheres, esse espaço não será suficiente. Começarei por uma cantora que muito me encanta, a Sra. Myra Ellen Amos, mais conhecida como Tori Amos. Uma cantora cultuada no mundo cult, e que traz em suas canções diversas criticas sociais além de ser uma ativista em prol de diversas causas, especialmente do feminismo, mas o principal, é o fato de suas canções serem emocionalmente intensas, e na maioria tratando de temas como sexualidade, religião e tragédia pessoal, sempre demonstrando uma forte personalidade. Cantora que ousou pois utiliza como instrumento principal o piano e ousa em suas apresentações e performances, além de ter um fenomenal potencial vocal. Passemos para Cat Power, cantora estadudiniense, que nos apresenta músicas belíssimas, e como não poderia deixar de ser, é cultuada no cenário Indie Rock. Temos ainda a Srta. Fiona Apple McAfee Maggart, conhecida como Fiona Apple. Cantora de uma voz marcante e enublada, que toca com maestria seu piano, que tem como marca canções que transmitem uma certa melancolia e até, por vezes, um ar sombrio, canções fortes e intensas. Temos ainda o exemplo da roqueira canadense Alanis Morissette, que conquistou o mundo com sua voz de uma qualidade extrema e tem uma extensão vocal de 4,2 oitavas, indo do mais grave Dó3 ao Sí5 nas notas mais agudas confortavelmente, e que, além de todo seu potencial, mostra força, ousadia e inovação. Um fato interessante que envolve a carreira dessas mulheres fortes da música, são o fato de todas terem sofrido com doenças como bulimia nervosa, anorexia, depressão, e três delas (Tori Amos, Fiona Apple e Alannis Morissette) foram marcadas por tragédias em suas vidas pessoais, a violência sexual. sendo que, essas belas cantoras e compositoras, através de canções, expressaram toda repulsa a tal ato, canções como Me and a Gun - Tori Amos e Sullen Girl - Fiona Apple. (Apple foi agredida sexualmente quando contava com 12 anos e Amos em 1985 ao dar carona a um freqüentador assíduo o bar em que tocara naquela noite).
Outra mulher da atualidade que não posso deixar de citar, é a famosa Frida Kahlo, pintora mexicana, de renome internacional. Frida, uma mulher que desde a infância sofreu com doenças acidentes e transtornos. Em 1925 Frida sofreu o mais grave dos acidentes, quando ônibus em que trafegava colidiu com um trem, causando-lhe lesões gravíssimas que além de deixá-la acamada por muito tempo, trouxe graves problemas à sua saúde, que já era debilitada. Frida, além de sua obra, de intensidade incontestável, que demonstram angustia, sofrimento, dor e sentimentos que ainda não sou capaz de definir, traz com suas cores um mundo de sofrimento pessoal. Frida foi ativista do partido comunista mexicano e apesar de todos os percalços de sua vida, sempre exaltou seu país, a cultura de seu povo e a vida.
Exemplos como estes apenas nos demonstram o quanto o sexo denominado "frágil" na realidade trazem consigo uma força inenarravel, e, não podemos esquecer daquelas mulheres que, no dia a dia, enfrentam suas batalhas e diariamente mostram que mulher não é sexo frágil não.

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